Sobre a pornografia

Citação :

Pornografia celebra violência contra mulher, diz socióloga
Carolina Oms
Especial para Terra Magazine



A internet, o crescimento da indústria pornográfica e o marketing que ela promove são, na opinião da socióloga americana Gail Dines, os responsáveis por boa parte dos episódios de violência contra mulheres.

Em seu último livro, "Pornland" (Pornolândia), lançado recentemente nos EUA, Gail afirma que a multiplicação de imagens pornográficas na internet aumentou o poder dessa indústria:

- A indústria pornô tem capacidade de fazer lobby com políticos, de travar batalhas legais e de usar relações públicas para influenciar o debate. (...) Sua sofisticada e bem financiada máquina de marketing busca moldar a imagem dessa indústria como algo positivo.

Na avaliação da feminista e professora de sociologia e de gênero na Faculdade Wheelock, em Boston, é impossível ver as imagens pornográficas sem ser influenciado, "especialmente imagens com as quais você se masturba":

- Os garotos veem pornografia pela primeira vez aos 11 anos, eles são introduzidos a esse mundo de brutalidade sexual e crueldade antes que sua sexualidade esteja plenamente desenvolvida.

Ela ainda defende a necessidade de um "contra-ataque erótico à cultura pornô". "O erotismo, ao contrário do pornô, celebra uma sexualidade igualitária e respeitadora, baseada em conexão e paixão", diferencia.

Leia a entrevista.

Terra Magazine - Pornografia era tabu e até mesmo proibida até pouco tempo. Como isso mudou? Hoje a pornografia é aceita socialmente?
Gail Dines - A introdução da internet mudou a indústria pornográfica. Ela a trouxe do submundo para a nossa casa e, uma vez que a pornografia se tornou tão acessível e barata, os homens passaram a usa-la em grandes quantidades. Conforme essa indústria crescia em volume, ela evoluía para um negócio com considerável respaldo político e foi se tornando socialmente mais aceitável. A indústria pornô tem capacidade de fazer lobby com políticos, de travar batalhas legais e de usar relações públicas para influenciar o debate. Essa não é uma simples questão de escolha do consumidor, sua sofisticada e bem financiada máquina de marketing busca moldar a imagem dessa indústria como algo positivo. Quanto mais positiva essa imagem, maior a chance de a indústria se tornar parte do mainstream.

Que consequências isso traz?
Conforme a pornografia se populariza, ela molda nossa sexualidade e identidade sexual. Isso é muito problemático porque a maioria da pornografia que circula na internet envolve sexo com punição ao corpo, onde as mulheres são humilhadas e desumanizadas. Os garotos veem pornografia pela primeira vez aos 11 anos, eles são introduzidos a esse mundo de brutalidade sexual e crueldade antes que sua sexualidade esteja plenamente desenvolvida. Quanto mais esses meninos virem pornografia, mais suas ideias sobre sexo serão distorcidas. Há poucas imagens alternativas de sexo. Como um garoto pode conhecer situações onde a sexualidade é baseada em igualdade e respeito?

Por que você acredita que a pornografia estimula a violência contra as mulheres?
A pornografia cria um mundo onde a brutalidade sexual é legitimada e até celebrada. Nesse mundo, não importa quão cruelmente você trata uma mulher, ela ama e implora por mais. Em nenhum momento diz não. Ela está sempre disponível para qualquer homem e fará o que ele quiser. As mulheres existem para serem usadas e abusadas e depois jogadas fora porque há muito mais de onde elas vieram. É um mundo sem empatia, compaixão, conexão ou intimidade. Ao invés de fazer amor, homens fazem ódio com os corpos das mulheres - enquanto ele a penetra brutalmente, a chama de nomes vis e demonstra nada além de ódio, desprezo e nojo.
Como alguém que estuda mídia, eu sei o poder das imagens. Todos nós construímos nossas identidades a partir das normas e valores da cultura onde vivemos e as imagens pornográficas formam uma grande parte da cultura de hoje. É impossível ver essas imagens sem ser mudado, especialmente imagens com as quais você se masturba. Isso não significa que homens que assistem filmes pornôs irão violentar uma mulher, mas significa que, em algum nível e de alguma maneira, essas imagens afetarão a maneira como eles pensam sobre sexo, sexualidade e relacionamentos.
Os homens que eu entrevistei acreditavam que sexo pornô era o que as mulheres queriam e ficavam angustiados e nervosos quando sua parceira se recusava a se parecer ou a se comportar como sua estrela pornô favorita. As mulheres comumente recusam-se a praticar atos que os homens rotineiramente gostam de assistir e, perto dos orgasmos escandalosos e ginásticas sexuais do sexo pornô, sexo com mulheres reais começa a parecer tedioso e insosso. Esses homens se acostumaram tanto com a pornografia que começam a se desapontar com suas próprias performances. Quando eles se comparam com os atores pornôs, que mantém ereções fortificadas com Viagra por longos períodos de tempo, eles começam a se sentir perdedores em sua vida sexual e se perguntam se há algo errado com eles.

As mulheres são as únicas afetadas pelos efeitos da pornografia?
Homens e mulheres são afetados. Alguns homens desenvolvem um vício em pornografia que pode facilmente destruir suas vidas. Conversei com alguns viciados que cursavam o ensino superior, eles corriam sérios riscos: negligenciaram seus trabalhos de faculdade, gastavam grandes quantidade de dinheiro que não possuiam, se isolavam dos outros e sofriam de depressão. Eles sabem que há algo errado, se sentem descontrolados e não sabem como parar.
Já as estudantes me contam que se sentem pressionadas a se conformar a agir e se parecer como uma estrela pornô. Um exemplo do poder dessa cultura é como os homens desejam que as suas namoradas depilem seus pelos pubianos. Como os homens se masturbam com as imagens de mulheres sem pelos, alguns sentem repulsa e até preferem não transar se suas namoradas não depilarem. Algumas mulheres falam de ter que fazer 'sexo-pornô' para manterem seus parceiros interessados e isso significa concordar com atos com os quais elas não se sentem confortáveis. A pornografia dá às mulheres uma imagem distorcida do sexo e elas acham que algo está errado com elas por não responderem como as mulheres nos filmes. É claro que as estrelas pornôs estão sendo pagas para parecerem excitadas, mas muitas pessoas acham que a pornografia é uma reflexão da realidade ao invés de uma imagem cuidadosamente construída.
Algumas mulheres me dizem que quando seus parceiros veem pornografia se sentem deslocadas e traídas e se perguntam por que não são suficientes e porque seu parceiro não está satisfeito com a vida sexual do casal.

Pode existir um tipo de pornografia "saudável"?
A pornografia é baseada na degradação da mulher, então não. Eu não acredito que possa haver qualquer imagem de uma mulher sendo degradada que possa contribuir para uma sexualidade saudável. No entanto, eu acho que há uma necessidade de um contra-ataque erótico à cultura pornô. O erotismo, ao contrário do pornô, celebra uma sexualidade igualitária e respeitadora, baseada em conexão e paixão.

A liberação sexual e social feminina não contribuiu para mudar essa situação?
O grupo responsável pela cultura pornográfica de hoje são os pornógrafos. Eles são os que trouxeram isso e eles cooptaram os movimentos das mulheres por liberação sexual. As mulheres dos movimentos dos anos 60 e 70 lutaram para erradicar a ideia sexista de que boas garotas não gostavam de sexo e não faziam sexo fora do casamento. O que nós queríamos era aproveitar o sexo nos nossos termos e o que nós tivemos foi uma sexualidade pornográfica, plastificada e genérica que foi criada por uma indústria predatória cujo objetivo é maximizar lucros, não nos liberar sexualmente.
É um erro pensar que as feministas de 60 e 70 são responsáveis. O problemas é que as feministas de hoje capitularam ao invés de resistir à cultura pornô.
Nós precisamos construir um movimento feminista robusto que veja a pornografia pelo que é realmente: propaganda odiosa às mulheres que legitima e celebra sua posição subordinada. Nosso objetivo deveria ser erradicar essa indústria, enquanto houver pornografia nós nunca teremos completa igualdade de gênero.

Fonte: http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4614275-EI6594,00-Pornografia+celebra+violencia+contra+mulher+diz+sociologa.html

Parando pra pensar... sei lá, pode ser. Acho que a indústria pornô é reflexo do machismo ogro, e não o contrário.

Ah, minha sincera opinião:
Bullshit.

Eu não acho que seja besteira...aliás, muito pelo contrário.
Acho que a questão que essa socióloga coloca é muito importante, apesar de não concordar com tudo que ela diz.

Não sei se a industria pornô é somente um reflexo do machismo da sociedade, acho que é um dos componentes dele. De certa forma, é sim um jeito de celebrar a posição subalterna da mulher, o lugar "onde nós deveriamos estar" desde o princípio. Por outro lado, acho que isso envolve também a propria educação que as pessoas que consomem esse produto recebem.
Alguns dos homens que assistem procuram uma forma de humilhação para sentir prazer (e as vezes isso reflete sua propria vontade de se colocar numa posição inferior - acontece muito com pessoas em grandes posições sociais). Eu acredito que tal assunto envolva mais aspectos - e muito mais delicados - do que os que foram expostos na entrevista.

Por isso que eu sou contra repressão sexual, que acontece em vários países (como aqui) e em várias religiões. Quanto mais reprimidas as pessoas são, mais violentas elas podem se tornar, e realmente acreditar que filmes pornôs retratam a realidade (absurda e distante) do que homens e mulheres são e querem.

Não vejo problema nenhum em fazer alguma coisa que seja mais "liberal", desde que o casal (e aqui eu to falando de QUALQUER TIPO de casal) se sinta confortavel com isso. Eu acho que educação sexual tem que ser discutida em casa e na escola, para que quando meninos E MENINAS (pq meninas TAMBÉM tem contato com pornografia, achar que não é ridiculo e reforçar o discurso sexista) entrem em contato com esse mundo, saibam separar o que pode ser bom e o que pode machucar, sem reforçar estereotipos e discursos machistas.

Não há dúvidas da força que esse ramo midiático tem. Principalmente porque, embora sejam produzidos videos para o publico LGBTTT, no fundo o discurso passado nos "roteiros" (tá, eles não existem, nas cenas) é o do maldito binarismo de gênero.
Mesmo que sejam dois homens ou duas mulheres se pegando, há sempre a noção de macho/fêmea, isto é, o dominador e o dominado; o viril e o frágil. E esse é um problema grave, porque acaba consolidando a identidade de alguém. Por isso, reforço a necessidade de discussão do tema =] deve ser um livro legal de ler.

Gandalf escreveu:

Ah, minha sincera opinião:
Bullshit.

x2

Véi, tem pornô gay, pornô de sei la o que, tem pra todo público, então pornografia vai além de mulher. E outra, mulher vai atrás mesmo, os caras não saem fazendo cursinho de atriz pornô. Elas sabem que é grana fácil. Não sua maioria.

Eternal escreveu:

Eu não acho que seja besteira...aliás, muito pelo contrário.
Acho que a questão que essa socióloga coloca é muito importante, apesar de não concordar com tudo que ela diz.

Acho ainda mais importante que você vê a questão, por algum ângulo, sabe que ela existe.

Eternal escreveu:

Não sei se a industria pornô é somente um reflexo do machismo da sociedade, acho que é um dos componentes dele. De certa forma, é sim um jeito de celebrar a posição subalterna da mulher, o lugar "onde nós deveriamos estar" desde o princípio. Por outro lado, acho que isso envolve também a propria educação que as pessoas que consomem esse produto recebem.

Eu acredito que as duas coisas estão interligadas: para mim, tanto é um reflexo como é um dos componentes, digamos, "educacional" ou, como eu prefiro dizer, "de treinamento".

Eternal escreveu:

...a realidade (absurda e distante) do que homens e mulheres são e querem.

E o que as pessoas "são" e "querem" são construções sociais, das quais vários componentes fazem parte, não só a pornografia mas também, em termos mais gerais, o que define o que é feminino e o que é masculino.

Eternal escreveu:

(pq meninas TAMBÉM tem contato com pornografia, achar que não é ridiculo e reforçar o discurso sexista)

Seria interessante dar uma olhada na questão da pornografia velada dos comerciais de produtos femininos. Li um livro bastante interessante que fala sobre esse assunto, dentre vários outros, o O Mito da Beleza (Naomi Wolf). A sensação que eu tive foi que, depois de ter lido esse livro, eu comecei a ver as coisas escondidas pelo discurso ideológico.

Tem um livro muito interessante, que infelizmente ainda não consegui terminar de ler, que é o "Hard Core--Power, Pleasure, and the 'Frenzy of the Visible'" (Linda Williams http://www.ucpress.edu/book.php?isbn=9780520219434 ). Só tive contato com o original em inglês, então infelizmente eu não sei se há uma tradução para o português. A autora faz todo o histórico dos filmes pornô, desde o início em exibições públicas em feiras, até aquelas cabines para uma só pessoa, passa pelo VHS, TV, cinema, nascimento do pornô gay, até os jogos de computador. É espetacular você observar as implicações da pornografia e o quanto não só ela muda de acordo com a mudança da sociedade, como também essa indústria também participa como fator que propulsiona mudanças na sociedade.

Gandalf escreveu:

Véi, tem pornô gay, pornô de sei la o que, tem pra todo público, então pornografia vai além de mulher. E outra, mulher vai atrás mesmo, os caras não saem fazendo cursinho de atriz pornô. Elas sabem que é grana fácil. Não sua maioria.

você não leu nada nem da entrevista, nem dos comentarios de ninguém né?

Ninguém ta falando que as atrizes não gostam/são forçadas a participar ou que elas tem o dom natural pra isso....ninguém ta chamando elas de coitadas, a discussão é outra.

claudiamay escreveu:

Eternal escreveu:

Eu não acho que seja besteira...aliás, muito pelo contrário.
Acho que a questão que essa socióloga coloca é muito importante, apesar de não concordar com tudo que ela diz.

Acho ainda mais importante que você vê a questão, por algum ângulo, sabe que ela existe.

E, pelo visto, tá falando as pessoas perceberem que ela existe.

claudiamay escreveu:

Eternal escreveu:

...a realidade (absurda e distante) do que homens e mulheres são e querem.

E o que as pessoas "são" e "querem" são construções sociais, das quais vários componentes fazem parte, não só a pornografia mas também, em termos mais gerais, o que define o que é feminino e o que é masculino.

Sem dúvida que o querer e ser são construções sociais. Desde o nascimento, nos colocam um conjunto de simbolos e ordens que nos obrigam a ser como um homem ou uma mulher/.
Hoje eu tava lendo a entrevista do Laerte pra Folha, e ele toca bastante na questão de gênero de uma forma eu já tinha tinha ouvido falar, mas não conhecia "pessoalmente" (eu só li). Ele anda praticando o cross-dressing e, para ele (pra mim também), se vestir de mulher não tem relação com a sua opção sexual.
E, na propria entrevista, a gente percebe que o jornalista que fazia as perguntas acaba forçando para que ele diga que essa relação "vestir <-> sexualidade" são consequências. Isso quando as perguntas não são feitas em tom jocoso e dá pra notar claramente que o Laerte ta respondendo de forma séria (tbm se não tiver, ele é um filho da puta, pq me convenceu bastante).
São coisas assim que dão o choque no binarismo.

claudiamay escreveu:

Eternal escreveu:

(pq meninas TAMBÉM tem contato com pornografia, achar que não é ridiculo e reforçar o discurso sexista)

Seria interessante dar uma olhada na questão da pornografia velada dos comerciais de produtos femininos. Li um livro bastante interessante que fala sobre esse assunto, dentre vários outros, o O Mito da Beleza (Naomi Wolf). A sensação que eu tive foi que, depois de ter lido esse livro, eu comecei a ver as coisas escondidas pelo discurso ideológico.

No grupo de estudos de gênero que eu faço parte nós lemos só um artigo (se eu não me engano) dela, no qual ela deu uma explanada nas idéias. Vou procurar o livro. Discurso é algo muito foda, se a gente não presta atenção, compra a idéia de tudo. O pior é que tem publicitário por ai que não faz idéia do que tá fazendo quando faz suas escolhas ao montar uma propaganda (tipo os imbecis que INSISTEM em usar músicas dos Beatles como Revolution pra vender carro, All you need is love pra vender celular e Imagine pra promover banco (!!!!!!!!!!!!!!!!). É o cúmulo da burrice aguda ignorar os contextos de produção dessas canções só pra usar numa propaganda porque é Beatles e faz sucesso de qualquer jeito).

claudiamay escreveu:

Tem um livro muito interessante, que infelizmente ainda não consegui terminar de ler, que é o "Hard Core--Power, Pleasure, and the 'Frenzy of the Visible'" (Linda Williams http://www.ucpress.edu/book.php?isbn=9780520219434 ). Só tive contato com o original em inglês, então infelizmente eu não sei se há uma tradução para o português. A autora faz todo o histórico dos filmes pornô, desde o início em exibições públicas em feiras, até aquelas cabines para uma só pessoa, passa pelo VHS, TV, cinema, nascimento do pornô gay, até os jogos de computador. É espetacular você observar as implicações da pornografia e o quanto não só ela muda de acordo com a mudança da sociedade, como também essa indústria também participa como fator que propulsiona mudanças na sociedade.

Eu vi uma palestra sobre isso mês passado. Na Unifesp teve a I semana de Gênero (e a Berenice Bento foi *___*),e um dos palestrantes falou sobre o pornô gay, e citou a autora que você indicou. Por mais que seja uma produção que se denomina "gay", no fundo, o que continua é o binarismo macho/fêmea, como eu já disse. É um tema bem legal de estudar =]

o problema de todo discurso, em defesa de qq tema, é a generalização...

Prum moleque de 12 anos, pornografia é a chance dele ver uma xota, ele tá no ápice do descontrole da testosterona... se começa com fotos, depois vai migrando pra vídeos e filmes, mas depois de iniciada a vida sexual, os olhos para um vídeo pornô são bem diferentes... Pode ser q na sua primeira vez ele se espelhe no que viu em vídeos pornográficos, mas como tudo, a realidade se mostra diferente e ele aprende com ela. Todos aprendem.

Ver e fazer são coisas distintas. Sexo é igualitário, é a busca mútua por prazer... Cada pessoa tem suas vontades e taras, independente de ser homem ou mulher. Oq precisa ser discutido é oq dá prazer, e isso é vasto. Cada pessoa sente prazer de um jeito! Tem gente q gosta de ser dominada, tem gente q gostar de dominar. O casal só precisa aceitar aquilo q é bom pros dois. Se a mulher não qr algo, ela TEM q falar com o parceiro, e o parceiro tem q aceitar... e vice-versa! O casal q tem q se entender, afinal, isso interessa apenas aos dois!

Na indústria pornô tem de tudo: tem o ato por si só, simples, sem rolar sadismos(basta ver um vídeo das ex-famosas que se debandaram pro pornô)! Tem filme de todas as idades, raças e nacionalidades, e de várias intensidades. Se tem mulheres q sofrem punição, há homens tb, seja no pornô convencional ou no homossexual! Vê qm qr e qm gosta, mas q saiba dividir a pornografia da realidade!

Eu discordo de mta coisa q ela falou, o único pto em q eu concordo é sobre o vício... isso é doentio! Mas qq vício é, então não há pq se culpar a pornografia em si. Ela É negócio e ela mesmo nunca escondeu isso! O machismo é uma merda, mas discursos feministas q vêem em qualquer coisa uma desigualdade sexual tb enche o saco!

Concordo demais com o Apollo...

O que pra mim é um grande problema é a mulher se submeter a tais profissões... não só puta e atriz porn, mais mulheres frutas dançarinas de funk/axe e tudo mais.. eu acho triste ver uma mulher sendo burra... e isso deixa muito cara burro também.... as pessoas começam a agira como se mulher fosse um buceta por que várias mulheres agem como tal... muitas nem ganham pra isso....(face palm)

Eu to assistindo Boardwalk empire, e a série mostra uma submissão da mulher que me dói, e que existiu desde sempre... a série é ambientada nos anos 20, quando na América a mulheres nem tinha direito de voto... mas isso porque o que os homens tinham de exemplo de mulher ou era a cozinheira que tava em casa cuidando dos herdeiros ou eram as putas das festas e bares.... O que eu estou dizendo é que esse comportamento feminino da margem a muitos não deixarem de pensar assim.... eles podem dizer "mas seria um absurdo a mulher não votar", mas não acham um absurdo enganarem suas mulheres porque culturalmente é isso que homens fazem, simplesmente porque aparentemente eles tem preguiça de pensar além da realidade que vivem...

Talvez a pornografia alimente esse tipo de ignorância, mas isso é porque o maior publico é masculino....

Acho que o problema é que já devíamos ter saído da era das cavernas...

Espero que tenha ficado claro que meu discurso não implicou em nenhum momento que TODOS são assim.... pelo menos aos que sabem ler creio ter ficado.

Acho que não disse tudo em meu discurso, mas estou com preguiça de escrever...

No mais, gostei do tópico.

EDIT: Lembrei... eu queria falar sobre as crianças.
Creio que ninguém antes antes dos 15 tem mentalidade pra lidar com o ato sexual, e isso se a pessoa não tiver essa tal mentalidade até os 30.... mas isso é algo que deveria ser conversado propriamente.. mas infelizmente os pais colocam os filhos no mundo e se dar merda deu... eles não se preocupam o mínimo em educá-los... se os pais não tem tal capacidade talvez isso devia ser feito na escola... mas a escola mal sabe como passar as matérias básicas pra uma pessoa, quanto mais uma questão tão complicada, que não deveria ser complicada.... Eu li sobre uma escola num condado na espanha (acho), que começou a dar aula de sexo pra crianças de 14 anos, para as crianças saberem do que se trata antes de praticar e ou achar que a vida sexual devia ser um filme porn, houve uma movimentação dos pais pra que cessassem as aulas.... olha talvez o método não seja o certo, mas a iniciativa foi ótima na minha opinião...
Pensando agora... o Apollo deve ter pensando em si mesmo quando falou sobre "aprender que não é assim"... tem muita gente que não aprende tais coisas... Afinal se tratarmos todos os assuntos que se discutem falando da massa como generalização e não só que a pessoa não ficou dizendo "existem umas pessoas", não poderemos mudar nada. "Já que eu não sou assim, pra que eu me preocuparei com quem é?"... Eu acho muito válido as pessoas começarem a pensar porque o mundo ainda tá dando errado, em coisas tão óbvias? Ao invés de sermos digamos otimistas e dizermos "nem é assim... ela exagerou...só essa massa de viciado é o problema".

Sem falar existir MILHARES de viciados em pornografia é motivo de se pensar" por que essa porra acontece?", não acham?

Eu discordo de tudo que ela falou porque agora vou direto em Categories -> Amateur.

Sem essa palhaçada de mulher toda maquiada pra trepar, essa babaquice de empurrar cabeça da mulher no boquete, maluco todo fortão e depilado, e, principalmente, essa parada de gozar na cara. O gozo é o ápice. Lugar de pinto gozando é em um canal vaginal confortável e quentinho

E é essa parada que o Apollo falou aí sobre a molecada. Só que hoje em dia o business da punheta é muito fácil. Na nossa época é que era a parada. Éramos guerreiros. Tráficos de fitas VHS que diziam "Dragon Ball Z" ou "Os Goonies" mas continham as paradas. Partilhas de revistas Playboy, Sexy e as mini de R$1 com cenas de sexo explícito.

Aliás, ainda tenho uma dessas pequenininhas por aqui, achei um dia desses. Vou escanear e postar. Clássicas.

Eu também tenho várias guardadas dessas de 1 real numa caixa velha, hahaha.

Eu não sei até que ponto há de fato uma desvalorização da mulher por conta da pornografia. Digo isso porque, de uma forma ou de outra, o pornô faz parte da iniciação sexual de muitos garotos. No Brasil, por exemplo, é assim desde os catecismos do Carlos Zéfiro (ou talvez mesmo antes) até hoje, e nem por isso todos nem a maioria dos homens saem por aí tratando mulheres feito lixo. Acho que há outros fatores envolvidos nesse comportamento, e talvez mais influentes que a pornografia.

Toda atividade que gera prazer, ou de alguma forma recreativa, pode gerar abusos. Reconheço que haja quem desmereça mulheres e que o uso de pornografia tenha alguma parcela de culpa nisso (inclusive conheço gente assim). Mas, mesmo que ela possa ter alguma influência, talvez não seja o fator mais relevante nesse fenômeno. Além disso, é complicado se opor a alguma coisa quando o motivo da objeção é uma exceção. Não proibimos o álcool porque ele gera alcoolismo, ou derrubamos a Internet porque a produtividade de alguns é drasticamente reduzida devido a um vício de uso. Em vez disso procuramos descobrir os motivos pelos quais esses desvios acontecem (como a Lua falou), ao mesmo tempo em que procuramos corrigi-los ou evitá-los.

Ilapso escreveu:

E é essa parada que o Apollo falou aí sobre a molecada. Só que hoje em dia o business da punheta é muito fácil. Na nossa época é que era a parada. Éramos guerreiros. Tráficos de fitas VHS que diziam "Dragon Ball Z" ou "Os Goonies" mas continham as paradas. Partilhas de revistas Playboy, Sexy e as mini de R$1 com cenas de sexo explícito.

E o jornaleiro camarada que te deixa levar as putarias.

super concordei com o apollo o_o


e acho que a pornografia não incita a violencia, o que pode acontecer é, no caso de a pessoa já ter uma "disposição natural" p/ isso... o cara não vai ver um filme e sair batendo na mulher/namorada/wtv porque viu no filme, isso não faz sentido o_o
é a mesma historia de quem diz que não pode jogar CS porque vai virar terrorista, sei lá @@

Isso faz tanto sentido quanto dizer que pessoas matam e/ou se matam por uma promessa gananciosa e egoísta e que ainda a acham justa ~/o/


Pessoal, se fosse para que todos fossem iguais, porque somos tão diferentes? Qual a tara de querer fazer as mesmas coisas? Só pra ser justo? A justiça seria muito mais cruel do que o mundo que vivemos agora ~/o/